Fui até meu armário empoeirado de revistas e lá resgatei uma
Vogue. Dezembro de 2011. Edição de
Aniversário de 400 edições. Alessandra Ambrósio e Rodrigo Santoro estão na
capa. Acho que ganhei a revista do meu namorado. Ele gostava de me presentear
com revistas do gênero e acabou me dando- mesmo que sem pretensão- uma edição
histórica.
Não sei ao certo o que me levou a relê-la, mas lá estava eu,
folheando suas páginas coloridas e utópicas enquanto ouço Led Zepellin. Me
divertindo com temas tão surpreendentes. Me vi dentro de um mundo completamente
mágico, um mundo a qual tenho certeza que pertenço.
E bem no meio desse mundo, do qual saí desesperadamente –por
motivos até agora tão frágeis- percebo o quão bem ele me fazia. Vejo sorrisos
em cada página. Brindes com Veuve Clicquot Rose e momentos regados de
safras antigas. Jantares, almoços, brunchs... Todos eles adoravelmente
adornados por artes belas e representativas.
Por certo tempo, me deixei ludibriar pelos não entendidos,
aqueles que acham que vivem dentro desse papel, mas na verdade apenas seguem
estereótipos forçados. Talvez se vivêssemos em menor preconceito com a moda e
com a arte estaríamos em um mundo mais bonito e colorido como o meu. Talvez
existissem mais pessoas que gostassem de presentear com livros e revistas e
menos pessoas que preferissem enfeites para o corpo.
A moda é tão mais que se ver vestido com cores e modelos
tendenciais. A moda é amar a arte e coloca-la no corpo. É cuidar de você como
se fosse Mona Lisa, é se apaixonar pela peça e fazer amor com ela.
Por isso, a moda me preenche. Por ela eu dou o sangue. Pela
arte eu dou a alma. Pelo meu mundo, muito mais que isso, eu dou amor.
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