quinta-feira, 14 de março de 2013

For Good, Forever...


Respirei fundo, contei até dez, fiz uma oração. Gostaria de ter ido à missa, me confessado... Mas resolvi conversar pessoalmente com Deus. Disse a ele que estava confusa, e que dentro de mim havia um monstro enorme. Contei a ele que estava assustada e tinha medo desse monstro me dominar.

Resolvi contar que estava amargurada e sentia no peito uma confusão de amor e dor, cheio e vazio, e pedi ajuda para consertar. Senti tanto medo de falar em voz alta, que só falei dentro da mente, mas com o coração.

Deus estendeu-me a mão, secou minhas lágrimas e me fez pensar. Acalmou meu coração como uma mãe, foi duro e firme como um pai, foi um ombro forte como um amigo. Segurei dentro de mim um soluço, prendi na minha garganta um grito, forcei-me a entender os esquemas, me fiz parar.

E voltar a respirar fundo...

Tentei ser racional, mas o que fazer quando sua dor é tão emocional que o racional se torne incerto. O que fazer quando sua culpa é tão mais melodramática que suas palavras? Pra onde ir? Onde se esconder?

Contei até mil...

Adormeci com lágrimas nos olhos, pelo remorso e pelo amor. Acordei me sentindo livre pra mais um dia, mais um mês, mais um ano... Mais uma vida.

Proferi mais uma oração, nesta pedi ajuda para entender o que se passa na cabeça do homem, pedi paciência para enxergar muito além-vida. Pedi amor por mais três ou quatro. Implorei que fosse eterno.

E eu sei que é. Pra sempre minha. Pra sem sua. Pra sempre nossa. 


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